quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

QUANDO EU MORRER...




...

Quero ser enterrado na beira da estrada, em cova rasa mesmo. 
Um desconhecido perdido no nada da morte sem nome e sem cinzas ao mar. Quero ficar a beira da estrada e pra sempre ser lembrado de não ter terminado a caminhada. 
Sem data, sem nome, sem nada. 
Quando morrer não quero choro ou comoção, ninguém nunca vai se atirar no meu caixão. 
Quero ser enterrado na estrada, bem ao lado, para ter uma vista do cerrado. Fechar meus olhos numa ultima vista na serra, voltar a ver o sol nascer mais uma vez escutando: “Stairway to heaven” ou “Highway to hell” não tenho certeza ainda. 
Olhar uma ultima vez minha escola ser campeã, bem ao menos escutar alguém me dizer. 
Queria que as cinzas das flores que nascerem sobre mim, essas sim sejam cremadas e jogadas ao vento. 
Mas antes de começar essa última viagem só gostaria de saber: O que acontece com aqueles que perdem a noção do verde mais básico quando de ti o rosa mais sublime foi tirado? 
Fiquei 7 horas no pau-de-arara, vî montanhas que só existiam em sonhos, nadei em nascentes cheias de areia e cachoeiras de água cristalinas, rolei as dunas do maranhão e cochilei a beira do rio tocantins. 
Foi como se não tivesse me movido. 
Meu corpo foi, mas minha mente só fazia perguntar. 
Porque o meu rosa e verde? 
Valeu a pena? 
Não faço a menor ideia! 
E se me perguntar se trocaria tudo isso: A qualquer momento! 
Bem quando morrer quero ser enterrado a beira da estrada, em cova rasa e pra sempre ser assombrado pela viagem que nunca consegui concluir.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Sexta feira 20 de Janeiro de 2012

Sinto o cheiro agridoce.
E mesmo assim todo o resto que sinto, dói.
O vazio impregna a todos os sentidos.
Sei que meu coração ainda bate, mas não sei o porque.
Fico a e perguntar.
Tudo em mim é sem sentido, insensível.
Olho um velho ténis e ele me leva alugares tão distantes.
Não sinto meus pés há uma semana, não sei como ando. Porque ainda ando.
Minhas pernas se movem simplesmente, também não as sinto.
Foi quase engraçado olhar para ver se ainda as tinha, vi o porque do cheiro.
Sangue, via sangue, cheirava sangue. Mas não sentia nada.
Minhas mãos se movem nessas palavras vazias.
Sinto dor, minha cabeça, tudo tão vazio, ela tão cheia. Não senti o corte por horas, mas não deixo de sentir o pulsar por um segundo sequer. Tanta coisa, tanto peso.
A cada palavra sinto a caneta pesando uma tonelada.
Tudo dói! A dormência parece ser tentadora.
Cada palavra espero que vá ser a ultima. A dor não para.
Toda noite desejo que não tenha fim. Mas há o medo.
Por isso não durmo sem o sol. Os sonhos ficam mais reais, a dor vem junto com eles. Não preciso mais dormir para te sentir.
Posso te sentir, todo o tempo, seus sorrisos, seu coração batendo. Feliz, longe, fora do meu alcance.
Posso te sentir, não mais a nós ou a mim.
Sinto sua felicidade, e me sinto tão vazio.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Sexta feira 13 de Janeiro de 2012


Gosto de fogo, sempre foi assim
Assim pelo vão prazer do fogo acendi
Acendi um cigarro e uma vela só para ver queimar
Queimar tudo ao meu redor, esperando passar o tempo
Tempo se foi, os 90 minutos da minha historia de amor
Amor é algo que não deveria acabar, como o meu
Meu coração dilacerado a chorar
Chorar é algo que homens não fazem, por isso me sinto um menino
Menino dentro de mim sonha o dia que ela vai voltar
Voltar é algo que ninguém faz, apenas segue em frente seu caminho
Caminho cheio de pedras, ou levado pelo rio
Rio de Janeiro cidade bela que exalta paixão
Paixão jamais foi algo tão agonizante como hoje
Hoje queimo coisas pela falsa alegria
Alegria nunca vista se não pelos meus olhos
Olhos por de traz das lentes de baixo grau
Grau independente de qual for ainda é homicídio
Homicídio de mim mesmo, apenas pelo seu prazer
Prazer em te conhecer, espero que esteja tudo ao seu gosto.