Há crise. A todo o momento, algo ou alguém, entra em crise e se perde no estupor da situação. Se deixa levar pela necessidade de destruição que se encontra na crise e ignora a essência dela. A mais sublime habilidade de recriação, de criação em si eu diria. Criar algo de onde antes apenas vazio existia. Começar novamente com intuito diferente algo que antes fora até enfadonho.
“Mas a crise é algo bom.” Me disse uma vez um professor. Palavras que me fizeram pensar por dias. Como poderia ser boa a mais destruidora das criações humanas? Hoje tudo faz um sentido avassalador. A necessidade das pequenas escolhas diárias perde sua lógica em tempos de crise. Você faz grandes escolhas, escolhas enormes, que definirão se você vai continuar sendo você mesmo, e a crise vai ter só uma característica destruidora, ou se você vai mudar junto dela, e criar um novo universo de particularidades proeminentes de sua mudança.
Há uma predisposição para negar as crises constantes que vemos no nosso dia-a-dia. Crises nos super mercados, crises do capitalismo, crises emocionais, crise na reformulação das revistas em quadrinhos. Sempre que há uma mudança de panorama temos o hábito de chamar de crise e apontar a mesma como algo negativo. Quando vemos coisas boas acontecendo chamamos de: crescimento, evolução. Por que ignoramos a crise nesses momentos quais explicariam sua essência com mais proeminência?
A crise deve ser vivida. Não negada, menos ainda ignorada. Devemos aproveitar a crise. Termos crises diárias, a toda hora, umas 6 por minuto se possível. Uma crise bem aproveitada lhe deixa em um estado de felicidade inexplicável quando termina. Imagine, o corpo da pessoa amada junto ao teu, o perfume se espalhando, o calor cada vez maior, até que o êxtase total e ao mesmo tempo. O prazer de usufruir de maneira adequada a uma crise se assemelha bastante a isso.
Que venham as crises. Estaremos aqui de peito aberto a esperar por elas. Que as infinitas terras caiam, ou identidades se destruam, mesmo que uma crise autodenominada final venha. Sabemos que uma conseqüência há de existir e podemos ser objetos dessa ação ou objetivar a mesma.
2 comentários:
Caralho, comparar crise com chocolate é ótimo... e uma verdade:)
Amei amigo, bjx:P
Não é chocolate Rô, é a um orgasmo mesmo!
Eu sou menos eufemista!
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