segunda-feira, 26 de julho de 2010

Uma brincadeira e tanto...

Uma sátira à anedota que a felicidade te faz.



- Olá, Sabe quem sou?-

E prontamente você balança negativamente a cabeça.

-Ora, mas como não se lembra de mim? Não fui sempre eu quem você perseguiu por toda vida? Pois bem agora estou aqui de fronte para ti. -

E você olha com um olhar incrédulo e espantado. Para uma criatura semi divina.

-Que foi? Não há de fazer nada agora que me ofereço na sua frente? Não vê como minha pele é macia? Como meus seios são fartos? Como minhas curvas são maravilhosas? De todos os homens estou agora somente na sua frente. Venha e prove um pouco daquilo que tanto sonhou. -

E você vai, se entrega, consome total e plenamente a tudo. Ao satisfazer-se olha no fundo de teus olhos e lhe questiona qual o seu nome, e como sabe que era exatamente ela que buscava em toda sua vida.

- Vai realmente se preocupar com meu nome? Um dia você vai descobri-lo, enquanto isso venha e vamos nos divertir mais. -

E tudo que você tem é essa necessidade crescente de aproveitar cada segundo, cada particularidade dos momentos, tão perfeitos, únicos. Mas no seu intimo está lá aquela pergunta que não se cala. E vai crescendo e consumindo e desgastando você.

-O que foi? Porque anda tão longe atualmente? Você não gosta mais de ficar ao meu lado? Porque sua mente ta tão nublada nos últimos dias? Não mais tem interesse por mim, não te agrado mais?-

E você se encontra ali deitado, repleto de dúvidas criadas pela constante falta de informações. Olhando para aquela divindade bem ali do seu lado e a milhares de palavras de distância. Toda sua, mas sem que você consiga alcançá-la.

-Você é simplesmente um idiota! Não te entendo, não quero mais nada com você. Devia crescer largar de ser uma criança insegura. Tchau, até quem sabe um dia, quando você deixar de ser uma criança. -

E você fica ali, parado ao meio de uma infinidade de pessoas olhando a mais perfeita de todas as criaturas ir embora da sua vida, sem que você tenha argumentos para convencê-la a ficar. Quando percebe ao seu lado uma sombra familiar que sempre esteve ali junto de ti. Aquela escuridão familiar te acolhe em teu seio.

-Ah finalmente está de volta ao meu lado. Demoraste muito nos braços daquela desconhecida. Ainda quer saber quem era ela não é minha criança? Pois bem te digo. Aquela era a Felicidade, na sua forma mais pura e plena. Provavelmente há de cruzar com ela novamente, mas ela há de ter outra forma não tão completa. Mas venha cá aos braços da mãe Solidão que nunca te abandonou nem fugiu por não te entender. -

E você fica parado no conhecido... ou corre atrás de quem te faz bem?



Gabriel Melo

3 comentários:

Rozalvo disse...

Uma brincadeira a qual todos nós estamos expostos a brincar...
Valeu amigo, por mais uma preciosidade que escreve.

Lucas Chimendes disse...

Baahhh se puxou heim
foda para caraleo esse texto!

Unknown disse...

Aeeeeee *-*
Adorei Gab !!!